Autismo na escola: 6 práticas para apoiar a aprendizagem de alunos com TEA

Menina sorrindo com as mãos formando um coração e sobre a mesa, tinta e um desenho de quebra-cabeça colorido

Confira 6 práticas para tornar sua escola mais inclusiva para alunos com autismo!

O Transtorno do Espectro Autista, ou TEA, é mais conhecido como autismo. Ele uma condição que afeta a maneira como uma pessoa percebe o mundo, se comunica e interage com os outros. Quem tem TEA pode ter interesses intensos e dificuldades em compreender as emoções dos outros.

O autismo pode apresentar diferentes intensidades em suas características – por isso, se usa a palavra “espectro”. Algumas pessoas autistas podem ter dificuldades na linguagem e na comunicação. Outras, podem ser muito boas em matemática ou em memorizar informações.

Dia 2 de abril é o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Nesse dia, é importante lembrar que o TEA não é uma doença. É um transtorno do neurodesenvolvimento que apresenta alteração nas áreas da comunicação, da socialização e de padrões de comportamento. Logo, é essencial que escolas com alunos autistas saibam compreender e apoiar esses estudantes.

Seu planejamento pedagógico trata sobre inclusão? Veja como fazer um bom planejamento!

Quais são as dificuldades escolares relacionados ao autismo?

Alunos com TEA podem enfrentar desafios na escola, como dificuldades na comunicação e interação social. Muitas pessoas autistas têm dificuldade para reconhecer, entender e expressar emoções. Por isso, começar ou manter uma conversa pode ser difícil. Consequentemente, fazer amigos também acaba sendo, principalmente entre os mais jovens.

Outra característica comum do autismo é a sensibilidade sensorial. Pessoas podem ser mais ou menos sensíveis com sons altos, texturas específicas, luzes muito fortes e outros estímulos sensoriais. Na escola, é comum que essas características não possam ser controladas o tempo todo.

Além disso, quem tem autismo não se acostuma facilmente com mudança de ambiente ou de rotina. Logo, atividades novas na escola, ou mesmo a troca de sala de aula, pode gerar um grande estresse.

Por fim, a existência de estereótipos e preconceitos dificulta a interação social e a formação de vínculos. Com o tempo, isso pode levar ao isolamento e à exclusão.

6 práticas para apoiar a aprendizagem de alunos com autismo

Como o autismo é um espectro, é importante dizer que não há uma fórmula mágica para sua escola ser mais inclusiva. Cada estudante autista terá peculiaridades que devem ser compreendidas e acolhidas. Com isso em mente, confira 6 práticas para ajudar seus alunos com TEA no ambiente escolar:

1. Adapte o ambiente

A escola pode ser um lugar agitado, que causa estresse em alunos autistas. Crie espaços tranquilos e organizados, com rotinas previsíveis e visuais, para reduzir ansiedade. Ter um cantinho calmo para momentos de pausa e regulação emocional pode fazer diferença no dia a dia.

2. Busque apoio de profissionais

O autismo deve ter apoio de uma equipe multiprofissional. Não para tentar encontrar uma “cura”, mas para promover a pessoa autista mais qualidade de vida, desenvolvendo suas capacidades cognitivas e funcionais. Manter uma comunicação regularmente com todos os profissionais é fundamental para conhecer mais a criança, por meio da troca de informações, estratégias e evidências do desenvolvimento da mesma.

3. Flexibilize o currículo

Algumas questões curriculares precisarão ser flexibilizadas para alunos autistas. Por exemplo, será importante adequar a comunicação em sala de aula. O uso de uma linguagem simples e direta é essencial para que todos os alunos compreendam o que deve ser feito. Se necessário, a escola também pode usar pranchas ou aplicativos de comunicação.

Usar recursos visuais e multissensoriais também ajudam muito na comunicação com pessoas com autismo. Utilize material visual, como gráficos e esquemas, e atividades práticas para facilitar a compreensão.

Técnicas de regulação emocional também podem ser ensinadas. Ensine práticas de relaxamento e autocontrole, como respiração profunda e pausas sensoriais.

4. Promova os interesses específicos

Interesses específicos, ou hiperfocos, são uma característica comum do autismo. Descubra quais são os interesses dos seus alunos autistas o quanto antes. Então, incorpore esses interesses em atividades escolares, incentivando a participação e engajamento.

5. Desenvolvimento de habilidades sociais

Entre as habilidades socioemocionais, a socialização pode ser uma das mais difíceis para pessoas autistas. Logo, a escola deve fazer um esforço extra para ajudar os alunos nesse quesito. Promova interações sociais estruturadas e ensine habilidades de conversação e brincadeiras. Por exemplo, você pode realizar teatros com regras simples para praticar interações sociais.

Saiba mais sobre como desenvolver competências socioemocionais neste post!

6. Envolva as famílias

Mantenha uma comunicação aberta e colaborativa com os pais de alunos autistas. Ao compartilhar informações e estratégias, vocês podem descobrir maneiras de apoiar o desenvolvimento do aluno.

Você já ouviu falar em educação parental? Venha saber mais!

Quer saber mais sobre como criar um ambiente escolar mais inclusivo? Confira outros posts sobre o assunto no blog da Faz Educação!

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