Educação financeira: como trabalhar com crianças e adolescentes

Menino colocando uma moeda em um cofre no formato de porco

Saiba sobre a importância e confira dicas para trabalhar a educação financeira nas escolas.

A educação financeira consiste em proporcionar conhecimento e compreensão quanto a conceitos e riscos financeiros, além de habilidades, motivação e confiança para se tomar decisões eficazes em uma variedade de contextos financeiros, melhorar o bem-estar monetário das pessoas e da sociedade e permitir a sua participação ativa na vida econômica.

E, juntamente com a família, a escola também tem um papel em fomentar essa alfabetização financeira desde os primeiros anos até o Ensino Médio, ajudando os alunos a entenderem, gerenciarem e planejarem suas finanças pessoais e como utilizá-las como um meio para alcançar e manter um estilo de vida desejado em seu futuro.

Continue a leitura para compreender mais sobre a relevância de trabalhar a educação financeira com crianças e adolescentes e conheça dicas para colocar em prática.

Leia mais: A importância de implementar a educação financeira nas escolas

Qual é a importância da educação financeira?

A educação financeira permite desenvolver conhecimentos e habilidades para que os alunos e futuros cidadãos ativos da sociedade tenham uma relação saudável com o dinheiro e saibam gerenciá-lo para planejar seu futuro, evitando situações como endividamento e inadimplência.

Trabalhar a educação financeira, portanto, é algo alinhado ao desenvolvimento de currículos educacionais que se concentram no desenvolvimento da cidadania ativa — afinal, essa implica independência, liberdade e responsabilidade, inclusive em questões financeiras, já que as pessoas só podem realizar seu pleno potencial como cidadãos se forem empoderadas e capazes financeiramente.

Vale lembrar de que os jovens de hoje estão crescendo em uma sociedade em que o cenário financeiro é complexo e as responsabilidades financeiras dos cidadãos são substanciais. A educação financeira nas escolas, portanto, pode ajudar as novas gerações a enfrentar com maiores chances de sucesso esses desafios.

Em razão dessa relevância, ainda em 2005, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) indicou que a educação financeira deveria ser ensinada nas escolas o quanto antes possível.

E, em 2020, com as diretrizes abordadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a educação financeira nas escolas passou a ser obrigatória no país. E este é outro ponto que exemplifica a importância de trabalhar essa área nas instituições de ensino básico.

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Como trabalhar a educação financeira na escola?

As crianças a partir de algo em torno dos três anos já começam a compreender de forma mais básica conceitos como poupar e gastar.

Sabemos da importância de ensinar as crianças desde pequenas sobre essas questões, porque se diz que qualquer hábito, bom ou mau, se aprende cedo. Assim, embora algumas pessoas possam achar que crianças de 3 a 6 anos são muito pequenas para entender sobre finanças, é nessa idade que seus conhecimentos e habilidades nessa área precisam ser fomentados.

Portanto, ainda nos anos iniciais temos um ótimo momento para introduzir alguns dos principais conceitos financeiros.

De modo geral, as práticas pedagógicas de educação financeira nas escolas primárias concentram-se principalmente no planejamento e orçamento, economia, gastos e conceitos de crédito. Alguns programas abrangem também temas como investimentos e serviços bancários.

Por sua vez, no Ensino Médio, boa parte das práticas engloba os conceitos de gastos e crédito, poupança, investimento e planejamento financeiro para o futuro.

A seguir, conheça algumas ideias para trabalhar conceitos e habilidades de educação financeira com crianças e adolescentes.

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Apresentar situações problema

Aproximar conceitos da rotina dos estudantes, sobretudo com as crianças, pode ajudar na compreensão de diversos temas.

Por exemplo, a diferença entre desejos e necessidades pode ser trabalhada para que elas construam hábitos diários que moldem a forma como elas aprenderão sobre ganhar, poupar e fazer compras.

Assim, em uma atividade pedagógica, pode-se ensiná-las a pesar as decisões e buscar as melhores escolhas apresentando situações problema que ajudem-nas a pensar sobre questões como: se você comprar isso com o dinheiro que economizou, não terá dinheiro suficiente para outra coisa, qual é a sua prioridade?

Fazer simulações

Da mesma forma, as simulações, tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Ensino Médio, são atividades que ajudam a tangibilizar conceitos e transformá-los em elementos acionáveis.

Com os alunos maiores, é possível fazer simulações apresentando um emprego e uma renda mensal e desafiando os alunos a criarem orçamentos que permitam quitar dívidas e começar a economizar e investir dinheiro, por exemplo.

Já com os menores, criar simulações de compras, por exemplo, pode ajudar a trabalhar temas mais simples e, ainda, realizar práticas transdisciplinares associando as atividades com a matemática.

Alinhar as atividades às diretrizes da BNCC

Para trabalhar com educação financeira nas escolas, é crucial averiguar com atenção as diretrizes estabelecidas pela BNCC.

Para o Ensino Fundamental, por exemplo, a Base preconiza a aprendizagem sobre conceitos mais básicos em torno de economia e finanças — impostos, investimentos, inflação e outros.

Seguindo-se as orientações da BNCC, também é indispensável abordar o conteúdo de maneira interdisciplinar, relacionando-o a elementos políticos, psicológicos, sociais e culturais.

Para saber mais sobre o tema, leia também nosso conteúdo sobre a importância da educação financeira na sala de aula.

Confira também esse vídeo sobre Cultura Maker:

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