Alguns professores ainda se preocupam quando descobrem que em sala de aula existe algum aluno com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Como sabem, o TDAH está classificado como um transtorno do desenvolvimento que pode afetar a aprendizagem.
Principais características do TDAH:
Tríade sintomática: desatenção, impulsividade e hiperatividade.
Subtipos:
Predominantemente desatento
Predominantemente hiperativo/impulsivo
Subtipo combinado
Como se manifestam os sintomas:
Desatenção (mais comum em meninas): Dificuldade para manter o foco, cometer erros por descuido, não terminar tarefas, não seguir instruções completas, evitar atividades que exijam esforço mental.
Hiperatividade (mais comum em meninos): Inquietação corporal, dificuldade para permanecer sentado, fala excessiva e em volume elevado.
Impulsividade: Respostas antes do fim das perguntas, dificuldade para esperar a vez, interrupções frequentes.
E na sala de aula?
Apesar dos desafios, um aluno com TDAH não representa um problema quando há acolhimento e conhecimento. Quando o professor entende o transtorno e busca a inclusão, os resultados podem ser surpreendentes.
O potencial do aluno com TDAH:
Pode colaborar com o professor em tarefas diversas
Atuar como mediador entre colegas
Liderar atividades propostas, incentivando os demais
Contribuir com ideias criativas
Ser um aluno motivador
Conclusão
Compreender o TDAH é um passo essencial para garantir uma educação verdadeiramente inclusiva. Quando o educador se dispõe a conhecer, acolher e respeitar as particularidades dos seus alunos, transforma desafios em oportunidades. Alunos com TDAH têm muito a contribuir: com apoio e estratégias adequadas, podem se tornar parceiros ativos no processo de aprendizagem, mostrando que inclusão vai além da presença — é sobre pertencimento, valorização e possibilidades.
Autora: Priscila Romero é Pedagoga, especialista em educação especial na perspectiva da educação inclusiva, especialista em autismo e psicopedagoga. Autora do livro “O Aluno TDAH” (Wak Editora).
Achei excelente a colocação, especificar e ampliar mais o conteúdo sobre o TDAH nas meninas