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Dificuldades de socialização pós-pandemia: o que a escola deve fazer?

Muitos alunos desenvolveram dificuldades de socialização durante a pandemia. Como a escola pode ajudá-los?

A pandemia de COVID-19 afetou a educação de muitas formas. Muitas delas foram motores para mudanças. Outras, trouxeram desafios para professores e alunos. É o caso das dificuldades de socialização.

Crianças e adolescentes passaram os últimos dois anos em isolamento social. Alguns, mais isolados do que outros. Nesse meio tempo, alguns sofreram com perdas e, outros, com a distância. De uma forma ou de outra, essas mudanças afetaram a saúde mental dos alunos.

De acordo com a pesquisa Avaliação do Futuro, feita em 2022 pela Secretaria da Educação de São Paulo e pelo Instituto Ayrton Senna, cerca de 70% dos alunos do estado de São Paulo relataram sintomas de depressão e ansiedade.

Além disso, 18,8% relataram esgotamento, enquanto 18,1% dizem perder o sono por conta de preocupações.

Já uma pesquisa da Mind Lab com 985 educadores de 412 escolas mostra o ponto de vista dos professores. Para 42% deles, a maior dificuldade do período pós-pandemia em sala de aula são os problemas emocionais dos alunos.

Problemas de socialização também podem diminuir a frequência escolar.

As dificuldades de socialização são, em geral, sintomas de um problema maior. Os alunos se tornaram mais inseguros e isolados durante a pandemia. Agora, precisam passar por esses desafios para voltar a fazer e manter amizades.

Se essas dificuldades não forem sanadas, outros problemas podem surgir. Por exemplo, o agravamento de quadros de depressão ou o desenvolvimento de transtornos de aprendizagem.

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Como ajudar os alunos com dificuldades de socialização?

A escola deve ajudar os alunos a lidarem com as dificuldades de socialização para que elas não se tornem problemas maiores. Mas também para que os alunos possam retomar o ritmo de aprendizado. Afinal, uma coisa está interligada com a outra.

Logo, é preciso criar estratégias e desenvolver atividades que apoiem a socialização. Confira nossas dicas a seguir.

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Faça uma avaliação diagnóstica

Um dos maiores erros que a escola pode cometer nesse período é acreditar que tudo voltou ao normal e passar atividades de acordo com o currículo anterior à pandemia.

É preciso avaliar os alunos para descobrir como está o conhecimento e as habilidades deles. Dentre essas habilidades, como eles estão lidando com a socialização.

Fazendo uma avaliação prévia, você mostra aos alunos que a escola quer trabalhar com eles, e não contra. A pressão de estar à frente do conteúdo é menor. A ideia é que os alunos evoluam aos poucos, e todos juntos.

Leia também: Avaliação escolar: foco no resultado ou desenvolvimento?

Aplique metodologias ativas

O objetivo principal das metodologias ativas é estimular o protagonismo dos alunos. Ou seja, ajudá-los a construir o próprio conhecimento, e não apenas a ler e escrever de forma passiva. Assim, elas ajudam a recuperar a confiança e a autoestima dos alunos.

Porém, elas dão um passo além. As metodologias ativas incentivam a colaboração e a socialização entre os estudantes.

Atividades como sala de aula invertida e aprendizado por estações estimulam a conversa, o espírito de equipe e a interação. Por isso, elas se tornam um grande recurso para lidar com as dificuldades de socialização.

Assista à gravação da live que fizemos sobre o assunto:

Confira dicas para desenvolver um ambiente cooperativo no pós-pandemia!

Analise casos particulares

A pandemia teve seus efeitos em cada um de nós. Porém, isso não quer dizer que afetou a todos da mesma maneira. Logo, não é estranho se alguns alunos tiverem mais dificuldade para retomar a socialização.

Tente compreender cada um desses casos. O que está os impedindo de socializar? Como eles passaram o período de isolamento? Como está o relacionamento em família?

Sentimentos como o luto, o medo e a ansiedade continuam. Entre os adolescentes, há muita sensação de tempo perdido. Por isso, a escola deve analisar esses casos em particular.

O combate ao bullying também é essencial nesse processo.

Trabalhe com as famílias

Nos momentos de dificuldade, a cooperação entre a escola e as famílias se torna ainda mais importante. Esse vínculo é uma das tendências da pandemia que deve continuar depois dela.

Quando um aluno apresenta dificuldades de socialização, é importante entrar em contato com a família para descobrir se há uma maneira de todos trabalharem em conjunto para ajudá-lo. Muitas vezes, a família terá respostas para as perguntas da escola e vice-versa.

Assista ao vídeo sobre a relação entre família e escola:

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