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6 boas práticas para garantir os princípios da educação inclusiva

A inclusão escolar é uma realidade em todas as escolas brasileiras e demanda a atenção de todos para que realmente aconteça. O direito à educação não se resume apenas ao acesso à escola, mas sim à participação efetiva e à obtenção de uma aprendizagem de qualidade.

A educação inclusiva pressupõe a igualdade de oportunidades e a valorização da diversidade humana, de forma que todos participem dos processos educativos e para isso, conta com cinco princípios que devem orientar o cotidiano escolar: 

· Toda pessoa tem direito de acesso à educação.

· Toda pessoa é capaz de aprender.

· O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular.

· O convívio no ambiente escolar beneficia a todos.

· A educação inclusiva diz respeito a todos.

Para promover práticas que atendam às necessidades e desenvolvam habilidades de todos os alunos, é necessário implementar ações que garantam os princípios da educação inclusiva. Vejamos algumas boas práticas que selecionamos para você:

 

Ambiente Acessível

 

Garanta que as instalações físicas sejam acessíveis a todos os alunos.

 

Na sala de aula, a disposição dos móveis deve permitir a mobilidade de todos os alunos, assim como o acesso aos materiais necessários para as aulas.

 

Na escola, o acesso a todos os locais deve ser facilitado por meio de rampas, corrimãos adequados, portas largas, banheiros adaptados e sinalização tátil e sonora.

 

Um ambiente acessível proporciona maior autonomia de locomoção para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, seja temporária ou permanente.

 

Conheça seus alunos

 

Cada aluno é único, com suas próprias necessidades, interesses e potencialidades. Portanto, é fundamental que os educadores dediquem tempo para observar e conhecer individualmente cada um.

 

Manter uma comunicação aberta e frequente com os pais ou responsáveis dos alunos, pois eles podem fornecer informações importantes sobre o desenvolvimento e as preferências da criança.

 

Sempre que necessário, trabalhe em parceria com profissionais especializados que atendam a criança, como terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos, para garantir que as necessidades individuais sejam atendidas de forma abrangente.

 

Realize avaliações formativas regulares para entender o progresso e as dificuldades de cada aluno, utilizando-as como orientação para os próximos planejamentos.

 

Converse regularmente com os alunos, incentivando-os a compartilhar suas experiências, preferências e preocupações, para estabelecer vínculos mais profundos.

 

Comunicação acessível

 

É fundamental que todos os alunos tenham acesso à comunicação. Procure utilizar diferentes formas de expressão para atender às necessidades de todos os alunos, incluindo linguagem clara e simples, múltiplas possibilidades de instrumentos de escrita, portadores de texto, materiais audiovisuais e tradução para língua de sinais ou braille quando necessário.

 

Proporcione um comando por vez e observe se a finalização das atividades apresenta maior incidência. Ao informar objetivamente a expectativa para cada atividade, o aluno tem maior clareza do que é necessário realizar e maior chance de sucesso.

 

Promova um ambiente onde todos os alunos se sintam confortáveis para se expressar e se comunicar, oferecendo múltiplas formas de expressão pelo aluno e momentos de trocas com os colegas.

 

Flexibilidade no currículo

 

Reconheça que um currículo único pode não atender às necessidades educativas de todos os alunos. Portanto, adote uma abordagem flexível, que permita a adaptação do currículo para atender às necessidades individuais.

 

Esteja aberto a ajustar o ritmo, as estratégias e os métodos de ensino de acordo com as necessidades dos alunos, garantindo que todos tenham a oportunidade de alcançar os objetivos de aprendizagem.

 

Quando falamos em flexibilização do currículo, visamos garantir não apenas que todos atinjam o mínimo esperado, mas também proporcionar aprofundamento e novos desafios aos alunos com altas habilidades.

 

Uso de Metodologias Ativas

 

Adote metodologias de ensino que incentivem a participação ativa dos alunos, como aprendizagem baseada em projetos, aprendizagem cooperativa e aprendizagem experiencial.

 

Personalize o ensino considerando as necessidades individuais dos alunos, oferecendo diferentes opções de aprendizagem e adaptando o ritmo e o estilo de ensino conforme necessário.

 

As Metodologias Ativas proporcionam, além do contato de maneira ativa com o conteúdo, a promoção de interações sociais extremamente importantes e necessárias para o desenvolvimento integral das crianças.

 

Tecnologias Assistivas

 

São recursos, serviços, produtos, metodologias, estratégias e práticas que têm como objetivo proporcionar ou ampliar habilidades funcionais, para que ocorra a participação de pessoas com deficiência.

 

Exemplos de tecnologias assistivas incluem leitores de tela, comando de voz, reconhecimento de sons do ambiente, ampliação da tela, audiodescrição de imagem, lupa, caderno com pauta ampliada, rotina visual, engrossador de lápis, máquina de escrever em braille, régua em braille, adaptador para manipulação de tesoura, ou seja, todo e qualquer recurso físico ou estratégico que permita a participação funcional superando uma barreira.

 

Aprimore sua prática diária na educação inclusiva, desafiando-se a refletir sobre como promover um ambiente mais acolhedor, equitativo e enriquecedor para todos os alunos, impulsionando as potencialidades de cada um e cultivando uma verdadeira cultura de inclusão em sua escola. Ao promover a inclusão afastamos a discriminação e o preconceito.

 

Referências

 

MAIA, H. (Org.). Neuroeducação e ações pedagógicas. 2 ed. – Rio de Janeiro: Wak Editora, 2014.

GARCEZ, L. e IKEDA, G. Educação inclusiva de bolso – o desafio de não deixar ninguém para trás.1 ed. – São Paulo: Arco 43 Editora, 2021.Quais os princípios da educação inclusiva? DIVERSA. Disponível em: https://diversa.org.br/educacao-inclusiva/o-que-e-educacao-inclusiva/quais-os-principios-da-educacao-inclusiva/ Acesso em:12/03/2024.

Autora: Paula Rodrigues é Especialista em Neurologia Cognitiva e Processos de Aprendizagem, Mestranda em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação, e Coordenadora de Programas Especializados do grupo Vitae Brasil.

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